quarta-feira, 9 de junho de 2010

Reflexão do 3º Período

As aulas decorreram com tranquilidade durante todo o ano lectivo. O nervosismo dos exames já se começa a sentir...
Nesta disciplina e durante todo o ano, nunca senti que existisse algo que não estivesse bem, pelo contrário, esta é uma das poucas disciplinas que temos onde posso afirmar que, apesar de termos aulas sem quaiquer complicações, nunca ouve complicações, e isso reflete-se nas avaliação de cada aluno. Não somos uma turma, pelo menos em Biologia/Geologia, que tenha notas muito elevadas, mas acho que podiamos dar mais e melhor de nós, pois são dadas todas a oportonidades para que cada um de nós consiga alcançar bons resultados. Espero que futuramente, consiga alcançar melhores notas, sobretudo a esta disciplina, que irá ser decisiva e bastante importante para o meu futuro.
Gostei muito de todas as visitas de estudo que realizamos ao longo do ano, tendo sido a minha preferida a visita que fizemos ao Gerês. Espero também que possamos ter tantas oportunidades como tivemos anteriormente de conhecer locais diferentes e aprender com essa deslocações :)

Feira medieval - 04 e 05 de Junho de 2010



Visita de estudo - Minas de Rio Tinto- Huelva

Para mais tarde recordar...

A povoação de “Minas de Rio Tinto” sempre foi dependente de uma única actividade, a exploração mineira. Esta forte dependência tem levado a algumas características que são distintas em relação a outras cidades andaluzes. A mais evidente é a configuração urbana do município, com vincadas características coloniais, herança da ocupação britânica durante o final do século XIX e três quartos do século XX.

A história das Minas de Rio Tinto é muito antiga, reportando-se aos tempos dos primeiros povoados humanos. Durante a Idade do Cobre o desenvolvimento da mina esteve directamente associado à evolução dos Tartesos e Fenícios ... Mas o verdadeiro desenvolvimento mineiro surgiu com os romanos. A introdução de novas técnicas permitiu a continuação do funcionamento da mina. Os restos de escória encontrados sugerem-nos um grande desenvolvimento da mineração neste período.

Inicia-se no séc.XIII a exploração numa filosofia empresarial. No séc.XIX atinge o seu apogeu a nível industrial, económico e social. Em 1873 o estado vende a sua propriedade por 92 milhões de pesetas a um consórcio britânico que fundou a Rio Tinto Company Limited.
A empresa começou a produzir o revival de Riotinto ser abertos curto de exploração, tem lugar no interior mineiro.

A primeira manifestação de cariz ambientalista registada ocorre em protesto contra as calcinações de minerais ao ar livre que libertam fumos sulfurosos. Foi realizada em 4 de Fevereiro de 1888 e nela participarão milhares de pessoas de todo o concelho. Seguindo ordens do governador civil de Huelva, forças do regimento de Pavia, abriram fogo contra os manifestantes concentrados na praça da Constituição o que resultou em mais de 100 mortes. O poder da Companhia permitiu que estes graves acontecimentos passassem quase despercebido no resto da Espanha e apesar de alguns republicanos terem exigido responsabilidades tudo foi abafado.

A linha ferroviária entre Huelva e Rio Tinto, construída no tempo recorde de dois anos, com o propósito de transporte dos minerais, foi uma grande demonstração do poderio económico que Rio Tinto atingiu.





Recursos renováveis e não renováveis

Recursos geológicos

Os recursos geológicos são todos os bens de natureza geológica, existentes na crusta terrestre, passíveis de serem utilizados pelo Homem. Constituem a fonte de matérias-primas a partir das quais, directa ou indirectamente, são fabricados os mais diversos produtos usados no quotidiano.
Podem ser materiais sólidos, líquidos ou gasosos ou as propriedades desses materiais, como o calor ou a radioactividade que certas rochas e minerais libertam.
Os recursos geológicos podem ser renováveis - gerados a uma velocidade superior àquela a que são explorados (à escala da vida humana) - ou não renováveis - consumidos a uma velocidade superior àquela a que se formam. A maioria dos recursos geológicos são do tipo não renovável, não podendo ser substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável, a comparar com a escala da vida humana.



O aproveitamento destes recursos está dependente da concentração a que estes se encontram na crosta terrestre de modo a permitir a rentabilidade da sua exploração. Os recursos geológicos de um país são formados pelo conjunto dos recursos, conhecidos e desconhecidos, que existem na parte acessível da crosta terrestre. Quanto um recurso geológico conhecido pode ser explorado, quer do ponto de vista legal quer económico, denomina-se reserva.
Em teoria, todos os recursos geológicos classificados como depósitos conhecidos podem tornar-se reservas. Para que tal aconteça pode aumentar o preço do respectivo recurso ou o desenvolvimento de tecnologia que permita a sua extracção a baixo custo.


Recursos = materiais úteis que podem ser extraídos e tornados um bem utilizável com lucro (já ou num futuro razoável)
Reservas = porção de um recurso que está identificada e disponível imediatamente (extraível económica e legalmente no momento da avaliação)

De acordo com as funções que podem desempenhar, os recursos naturais podem ser classificados em recursos energéticos (combustíveis fósseis, energia solar, energia geotérmica, energia hidroeléctrica, energia eólica, energia nuclear), recursos minerais (metálicos e não metálicos) e recursos hidrogeológicos. Esta não é, porém, uma classificação rígida pois a água, por exemplo, tanto pode ser considerado um recurso hidrogeológico como energético.
A exploração dos recursos geológicos tem vindo a aumentar de forma dramática com o crescimento da população humana e com desenvolvimento industrial. Muitos destes recursos caminham para o esgotamento, o que torna urgente a adopção de uma exploração sustentada.



Fontes de energia:

A utilização dos recursos energéticos é vital para as actuais necessidades humanas, pois à medida que as sociedades humanas evoluem, o consumo de energia aumenta. O ser humano recorre a várias fontes energéticas - combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural), e energias solar, geotérmica, hidroeléctrica, eólica e nuclear. Embora ainda não sejam utilizadas em grande escala, foram encontradas algumas soluções energéticas que passam pela exploração das energias hidroeléctrica, eólica, das marés, das ondas, da biomassa, do biogás e solar. Os combustíveis fósseis são de todas as fontes energéticas as mais exploradas.


Desvantagens do petróleo: No caso do petróleo, cujas reservas poderão esgotar-se daqui por 100 anos, as desvantagens prendem-se com a emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono, que é um dos principais poluentes da atmosfera e que contribui para o aumento do efeito de estufa, e da poluição e destruição de ecossistemas aquáticos, devido a acidentes no transporte deste combustível.

Desvantagens do Carvão: A utilização do carvão como fonte energética provoca, por sua vez, alterações graves ao nível dos solos, da atmosfera e dos recursos hídricos, principalmente devidas a emissões de dióxido de enxofre que provocam chuvas ácidas e a acidificação dos solos. O uso deste recurso energético é responsável pela emissão de outros gases poluentes, como o dióxido de carbono, que aumentam o efeito de estufa e o consequente aquecimento global do planeta.

Desvantagens do Gás Natural: Emite metano provocando efeito de estufa e em relação ao butano é mais difícil de ser transportado e liquefeito, sendo mais tóxico e tendo um carácter mais explosivo.

Energia geotérmica

A energia geotérmica resulta do calor interior da Terra que, devido a fenómenos vulcânicos recentes, à radioactividade natural das rochas e à elevação do manto, pode ser aproveitado para a produção de energia. Esta energia pode ser recuperada directamente de um fluido gasoso ou líquido ou, caso não exista fluido, através da injecção de água em maciços rochosos profundos.



Energia hidroeléctrica


Esta é a forma de energia gerada em instalações de produção de energia eléctrica por transformação de energias primárias, como a energia hidráulica de rios, lagos e marés.
Na mais generalizada técnica para gerar electricidade, uma fonte de energia primária é utilizada para produzir vapor de água, que produz uma corrente de alta pressão que movimenta a turbina nas barragens. Antes da construção das barragens as populações têm utilizado as quedas de água como uma fonte de energia já há muitos anos.



Energia eólica

A energia eólica, desde longa data, tem sido aproveitada através de moinhos de vento para moer cereais ou para bombear água e principalmente na navegação marítima dos veleiros. Actualmente, com o avanço da tecnologia, surgiram os denominados aeromotores ou turbinas eólicas que transformam a energia eólica em energia eléctrica. Os parques eólicos são constituídos geralmente por 10 a 30 unidades de turbinas eólicas, estando localizados em zonas abertas com uma média anual da velocidade do vento elevada.



Energia solar

A energia solar constitui uma fonte inesgotável de energia que pode ser aproveitada com finalidades térmicas através de dois sistemas: o solar activo e o solar passivo. O sistema solar activo consiste no aquecimento da água através de painéis solares, convenientemente orientados, que absorvem a radiação solar e transferem o calor para esse fluido.
O sistema solar passivo consiste na utilização arquitectónica através da disposição dos edifícios de forma a captar e armazenar calor. A energia solar pode também ser utilizada na produção de energia eléctrica, com base em células fotovoltaicas.
A produção de electricidade a partir da energia solar é feita através de espelhos (colectores solares) que recebem a radiação solar, concentrando-a a fim de aquecer um fluído. Este, uma vez aquecido, é utilizado para produzir vapor de água que vai accionar a turbina que, por sua vez, põe em movimento o alternador.




Energia das ondas do mar

A energia eléctrica pode ser obtida se for utilizado o movimento oscilatório das ondas. O aproveitamento é realizado nos dois sentidos: na maré alta a água enche o reservatório, passando através da turbina, produzindo energia eléctrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo energia eléctrica.
A maioria das instalações de centrais de energia das ondas existentes, são de potência reduzida, situando-se no alto mar ou junto à costa, para fornecimento de energia eléctrica a faróis isolados ou carregamento de baterias de bóias de sinalização.



Energia Biomassa


São designados por biomassa, os resíduos naturais e os resíduos resultantes da actividade humana. São biomassa, os subprodutos da pecuária, da agricultura, da floresta, ou da exploração da indústria da madeira, que constituem matérias-primas para a produção combinada de electricidade e calor. Também é considerada biomassa, a parte biodegradável dos resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico).
A biomassa pode ser usada directamente como combustível, ou, através da sua biodegradação produzir um gás combustível, designado por biogás.




Os recursos minerais são todos os bens mineralógicos existentes na crusta terrestre, passíveis de serem utilizados pelo Homem. Os recursos minerais podem ser agrupados, segundo as suas propriedades químicas, em recursos minerais metálicos e em recursos minerais não metálicos. Existem vários exemplos de recursos minerais metálicos: uns mais comuns como o zinco, o cobre, o alumínio, o ferro e o chumbo, e outros mais escassos como o ouro, a prata e a platina.
Na maior parte das zonas terrestre, qualquer elemento pode ser encontrado ligado a outros elementos em quantidades semelhantes às que são frequentemente na composição média da crosta. Daí surge o clarke que é a unidade de cálculo da abundância de um elemento na crosta terrestre. Expressa-se normalmente em partes por milhão, e podemos considerar um jazigo mineral como uma formação geológica em que a concentração de algum ou alguns dos elementos é superior ao clarke correspondente, sendo por isso susceptível de exploração economicamente rentável.

Na exploração de um jazigo mineral, chama-se minério ao material que é aproveitável e que tem interesse económico, e ganga ao material sem valor económico. Todo o material sem valor económico, ou seja, a ganga, é acumulado em escombreiras. Estas são depósitos superficiais junto ás explorações mineiras. As escombreiras causam:
- Elevada poluição visual;
- Maior risco de deslocamentos de terrenos;
- Poluição no solo e/ou ar, por poderem conter substâncias tóxicas.

Os recursos minerais não metálicos são muito abundantes na Natureza.
A sua utilização é tão ampla que são considerados bens de primeira necessidade. As areias, as argilas e as rochas (ex. granito, basalto, mármore e calcário) são exemplos de minerais não metálicos. São os materiais mais abundantes e normalmente não atingem preços muito elevados, com excepção das pedras preciosas. Portugal é um país relativamente rico em recursos minerais não metálicos, que são utilizados como matérias-primas, nomeadamente na construção e na ornamentação.



Águas subterrâneas

As águas subterrâneas constituem o maior reservatório de água doce do planeta Terra. Formam-se, essencialmente, a partir da infiltração da água da chuva e, uma vez no subsolo, podem formar toalhas ou lençóis de água quase imóveis, que alimentam as fontes e os poços, ou então circular por entre as fissuras das rochas.

As rochas podem funcionar como reservatórios de água que pode ser extraída, através de técnicas apropriadas, para consumo humano. O conjunto da rocha permeável e a água que contém, se esta for suficiente para ser utilizada como reserva, denomina-se aquífero. O estudo das águas subterrâneas (ou hidrogeologia) reveste-se de uma importância cada vez maior, à medida que o problema da água potável para alimentação das cidades se agrava, já que os aquíferos são explorados indiscriminadamente.



Os aquíferos podem ser, de acordo com o armazenamento da água, de dois tipos - aquíferos livres ou aquíferos cativos ou confinados - servindo ambos para a extracção de água.
O aquífero livre é uma formação geológica permeável e parcialmente saturada de água. Apresenta uma camada impermeável (ex.: camada de argila) que retém a água, impedindo que continue a infiltrar-se. A água encontra-se à pressão atmosférica. A este local dá-se o nome de nível freático.

- Zona de aeração, localizada entre o nível freático e a superfície, onde ocorrem a infiltração da água, que circula na vertical, e fenómenos de capilaridade. O movimento da água é intenso e possui espaços preenchidos por ar.
- Zona de saturação, localizada a maior profundidade, com uma camada impermeável na base, onde o movimento da água, mais ou menos lento, é influenciado pela pressão hidrostática. Os poros das rochas deste local estão saturados de água.
- Franja capilar, localizada acima da zona de saturação, com uma espessura que varia de poucos milímetros, em terrenos arenosos grosseiros, a alguns metros, em terrenos argilosos. A água circula por capilaridade a partir da zona de saturação.

O aquífero cativo é uma formação geológica permeável onde há acumulação e circulação de água, limitada superior e inferiormente por formações geológicas impermeáveis. A recarga ocorre através de uma zona limitada que contacta com a superfície, mas colocada lateralmente.



Dobras

O que é uma dobra?

Deformação que ocorre nas rochas e que resulta do arqueamento de camadas rochosas, inicialmente planas, com comportamento dúctil, pela acção de tensões compressivas. Estas deformações podem ser macro ou microscópicas. As dobras formam-se no interior da crusta ou do manto de forma lenta e gradual, emergindo à superfície devido aos movimentos tectónicos e à erosão.

Os elementos de dobra, que caracterizam a geometria das dobras, são:
- os flancos, ou vertentes da dobra, porções de menor curvatura;
- a charneira, que corresponde à zona de convergência das camadas de cada flanco, ou seja, a linha que une os pontos de máxima curvatura de uma dobra;
- o núcleo, formado pelas camadas mais internas da dobra;
- o plano ou superfície axial, plano que contém as charneiras dos diferentes estratos dobrados, dividindo a dobra em dois flancos sensivelmente iguais:
- o eixo da dobra, que corresponde ao ponto de intersecção do plano axial com a charneira.



As dobras podem ser classificadas segundo a sua disposição espacial e segundo a idade das rochas que as constituem:

- De acordo com a disposição espacial das dobras, estas podem ser denominadas dobras antiforma, com concavidade voltada para baixo, dobras sinforma, com concavidade voltada para cima, ou dobras neutras, cuja abertura se orienta lateralmente (com eixo vertical).
- De acordo com a idade das rochas que as constituem, estas podem ser designadas por rochas anticlinais, quando as rochas mais antigas se encontram no núcleo da antiforma, ou por rochas sinclinais, quando as rochas mais recentes se localizam no núcleo da sinforma.

Falhas



O tipo de comportamento que as rochas apresentam, quando estão sob o efeito de tensões, pode ser frágil - quando entram em ruptura, originando falhas - ou dúctil - quando dificilmente entram em ruptura e experimentam deformações permanentes, originando dobras.
De uma forma geral, o comportamento das rochas face às tensões é um comportamento frágil, pois o material rochoso é pouco plástico, entrando facilmente em ruptura, principalmente quando se encontra próximo da superfície.
O comportamento das rochas pode tornar-se dúctil se expostas a temperaturas e pressões elevadas em zonas mais profundas. Em situações extremas de pressão e temperatura, o material rochoso comporta-se de forma semelhante a fluidos muito viscosos.

O comportamento que as rochas apresentam é influenciado pelas condições em que as deformações se processam (tipo de tensão, temperatura, conteúdo em fluidos, tempo de actuação da tensão e composição e estrutura das rochas):
- A tensão que actua sobre as rochas pode ser confinante (litostática) ou dirigida (não litostática). A tensão confinante resulta do peso das camadas suprajacentes e aumenta a ductibilidade da rocha, tornando-a mais resistente à ruptura. A tensão dirigida ocorre quando um corpo está sujeito a forças de intensidade diferente em diversas direcções.
- O aumento da temperatura aumenta a plasticidade das rochas. Como a temperatura aumenta com a profundidade, tal como a pressão, as rochas mais profundas manifestam um comportamento mais dúctil.
- As rochas com um maior conteúdo em fluidos apresentam uma maior plasticidade.
Os mecanismos de deformação das rochas estão associados, normalmente, a diferentes tipos de limites tectónicos.
No limite tectónico convergente, actua uma tensão de compressão, que altera o volume das rochas, reduzindo-o. Neste caso, se o comportamento da rocha for frágil, origina-se uma falha compressiva; se o comportamento for dúctil, forma-se uma dobra.
No limite tectónico divergente, actua uma tensão de distensão ou de torção, que altera a forma da rocha, alongando-a ou fracturando-a. Se o comportamento da rocha for frágil, forma-se uma falha distensiva; se o comportamento for dúctil ocorre estiramento.
No limite tectónico transformante, actua uma tensão de cisalhamento, que provoca movimentos paralelos em sentidos opostos. Ocorre quando a rocha é fracturada em finas camadas, que deslizam umas em relação às outras.




O que é uma falha?Falha:

Deformação descontínua que ocorre quando o limite de plasticidade do material rochoso é ultrapassado, verificando-se a fractura das rochas, acompanhada pelo deslocamento dos blocos fracturados um em relação ao outro. Resultam de tensões compressivas, distensivas ou de cisalhamento quando as rochas manifestam um comportamento frágil.

Numa falha há a considerar os seguintes elementos:

- Plano de falha, que é uma superfície não necessariamente plana, definida pela fractura e pelo movimento dos blocos. A sua inclinação pode variar entre 0o e 90o. Quando o plano, devido à deslocação dos blocos, se apresenta polido, denomina-se espelho de falha.
- Lábios de falha, que são os dois blocos deslocados. Os lábios de falha diferenciam-se, segundo o seu movimento relativo, em lábio superior ou levantado (fica a um nível superior) e lábio inferior ou descaído (fica a um nível inferior).
- Tecto, corresponde ao bloco que se situa acima do plano de falha.
- Muro, corresponde ao bloco que se situa abaixo do plano de falha.
- Rejecto ou rejeição da falha, que é a menor distância entre dois pontos que estavam juntos antes da fractura e do deslocamento.
- Linha de falha, que é a interacção do plano de falha com a superfície do terreno ou com qualquer um dos estratos.
- Escarpa de falha, corresponde ao ressalto topográfico produzido pela falha, ou seja, é a superfície elevada produzida pela ruptura e deslocação dos blocos de falha.




Os principais tipos de falha, de acordo com a inclinação do plano de falha e com o movimento dos lábios, são:
- Falha inversa ou compressiva, também designada falha de compressão ou cavalgante. Forma-se, normalmente, quando o material rochoso está sujeito a uma tensão compressiva, como acontece em zonas de colisão de placas tectónicas. Neste tipo de falha, o bloco descaído situa-se por baixo do plano da falha. Os lábios da falha formam entre si um ângulo agudo.

- Falha normal ou distensiva, que se forma, normalmente, quando o material rochoso está sujeito a uma tensão distensiva, como acontece em zonas de separação de placas tectónicas, continentais ou oceânicas. Neste tipo de falha, um dos lábios (tecto) apresenta-se descaído relativamente ao outro (muro), formando entre si um ângulo obtuso. O plano da falha prolonga-se por baixo do bloco descaído.

- Falha de desligamento, também denominada falha deslizante ou de deslizamento. Formam-se, geralmente, quando o material rochoso está sujeito a uma tensão de cisalhamento. São frequentes em certas zonas oceânicas das placas litosféricas, como é o caso das falhas transformantes que podem ser responsáveis pelo desligamento verificado nos riftes. Neste tipo de falha, os blocos sofrem movimentos horizontais e paralelos à direcção do plano de falha (deslizamentos).

Rochas Metamórficas

A diagénese e o magmatismo constituem processos extremos de formação de rochas sedimentares e magmáticas, respectivamente. Entre estes dois ambientes de formação de formação de rochas, existe um ambiente intermédio – o ambiente metamórfico.
Ultrapassadas as condições de pressão e de temperatura que definem o final da diagénese, inicia-se o metamorfismo. Os minerais das rochas formadas a profundidade e que atingem a superfície por acção da erosão ou por efeito de erupções vulcânicas modificam-se, ocorrendo alteração.
Da mesma maneira, por efeito de afundamento, as rochas vão sendo sujeitas a altas temperaturas e elevadas pressões, transformando-se. Contudo, se o aumento de temperatura determinar a fusão das rochas, ocorre o magmatismo. O domínio das rochas metamórficas varia entre temperaturas de 50ºC a 650-700ºC, e a pressão varia entre algumas atmosferas e milhares de atmosferas.
O metamorfismo pode definir-se como o conjunto de modificações ocorridas no estado sólido na composição e na estrutura de uma rocha submetida a condições de temperatura e de pressão diferentes daquelas em que se formou.




Factores de metamorfismo

Composição das rochas preexistentes:

Durante os processos de metamorfismo, em geral, não ocorre a adição de novos elementos ou compostos químicos. Contudo, a composição mineralógica das rochas metamórficas é condicionada pela composição química das rochas preexistentes.
Por exemplo, muitas rochas metamórficas apresentam grande teor de sílica, o que indica que as rochas preexistentes eram também ricas em sílica.
Uma rocha basáltica metamorfizada pode apresentar nos novos minerais, no seu conjunto, cerca de 50% de sílica e percentagens de óxidos de ferro, magnésio, cálcio e alumínio resultantes da rocha anterior.

Temperatura:

Um mineral é estável se, durante um determinado tempo, não reage ou não se transforma num novo mineral ou substância. Todos os minerais são estáveis dentro de determinados intervalos de temperatura. Alguns minerais são estáveis entre amplos intervalos de temperatura. Pelo conhecimento do intervalo de temperatura em que o mineral se mantém estável, os geólogos podem deduzir a temperatura de metamorfismo da rocha onde se inclui o mineral.
Quando a temperatura aumenta, os iões vibram com mais intensidade nos seus locais da estrutura cristalina. Se o calor resultante dessas vibrações é também significativo, os iões separam-se e a substância torna-se líquida.
O calor é importante porque as altas temperaturas aumentam a velocidade das reacções. Quando submetidas a temperaturas superiores a 200ºC, as rochas iniciam processos de metamorfismo.

Tensão:

Os minerais são sensíveis à pressão/tensão. Se os átomos de um cristal forem submetidos a pressões muito elevadas, as ligações entre os átomos podem quebrar-se. Os átomos reorganizam-se em novos minerais que são estáveis quando submetidos a altas pressões.




Tempo:


Um outro factor importante no metamorfismo é o tempo, o que nem sempre é fácil de compreender. Muitas rochas metamórficas são compostas por minerais silicatados, e os compostos silicatados são caracterizados pela sua lenta taxa de reacção química. Recentemente, o estudo de granadas revelou que a sua taxa de crescimento foi de 1,4 milímetros por milhão de anos. Muitos laboratórios têm visto frustradas as suas experiências para obter reacções metamórficas, em virtude do factor tempo. Os vários milhões de anos durante as quais uma específica combinação de temperatura e pressão prevaleceu são impossíveis de repetir nos laboratórios.

Tipos de metamorfismo:

Metamorfismo de contacto

O metamorfismo de contacto, também conhecido como metamorfismo térmico, resulta da intrusão de magma a alta temperatura em rochas preexistentes.
Este tipo de metamorfismo pode incidir sobre rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas. Estas intrusões magmáticas metamorfizam as rochas circundantes devido, essencialmente, à sua elevada temperatura e à libertação de fluidos. A pressão não afecta muito este tipo de metamorfismo pois, não ocorre a grandes profundidades, não ultrapassando na generalidade os 10 quilómetros.


Formação de rochas Metamórficas

Metamorfismo regional

O metamorfismo regional também designado por metamorfismo dinamotérmico, deve-se a temperaturas e tensões moderadas a elevadas, bem como à circulação de fluidos. Este tipo de metamorfismo afecta extensas regiões da crosta terrestre, geralmente em áreas de actividade tectónica onde se formam montanhas, ou seja zona de colisão entre duas placas continentais, colisão entre duas placas oceânicas (metamorfismo associado a arcos de ilhas vulcânicos), colisão entre uma placa oceânica e uma placa continental (metamorfismo associado a cordilheiras vulcânicas).




Textura das Rochas Metamorficas:

Rochas foliadas


Rochas não foliadas

Rochas Sedimentares

Os fósseis e a reconstituição do passado

Os fósseis são vestígios de seres vivos ou da sua actividade que, num determinado momento, viveram no nosso planeta. A existência de partes duras nos organismos e a sua inclusão imediata em sedimentos finos são factores que favorecem a fossilização. Os fósseis que permitem datar as rochas ou estratos em que estão presentes designam-se fósseis de idade. Estes fósseis pertencem a organismos que viveram à superfície da Terra, durante um período relativamente curto e definido do tempo geológico, e que tiveram uma grande área de dispersão. Quando os fósseis permitem inferir o ambiente de formação da rocha em que se encontram, designam-se por fósseis de fácies.

Fáceis da rocha- Conjunto de características litológicas e fossilíferas de um estrato sedimentar. Diferentes tipos de fáceis correspondem a diferentes ambientes sedimentares.
Fósseis de fácies – fósseis de seres característicos de determinados ambientes – que viveram apenas em condições do meio muito restritas.




Processos de fossilização

Mumificação: Os organismos ou partes deles são preservados sem alteração ou com pequenas modificações. Este processo acontece quando o organismo é totalmente envolvido num meio asséptico, como resina fóssil ou âmbar, gelo, alcatrão…




Moldagem : O organismo ou partes dele imprimem um molde em sedimentos finos que o envolvem ou preenchem.
Molde interno – os sedimentos preenchem a concha que, posteriormente, é dissolvida, ficando apenas o molde.
Molde externo – a concha imprime o molde da superfície externa nos sedimentos, sendo depois removida. Podem ainda formam-se contramoldes dos moldes externos e internos.



Mineralização: As partes duras (esqueletos, ossos, dentes) são conservadas por substituição da matéria orgânica por matéria mineral.



Marcas: Pegadas, marcas de reptação, fezes fossilizadas que constituem evidências da existência do ser vivo que deixou essa marca.



Impressão: tipo de moldagem originada por órgãos achatados, como asas de isectos e folhas de plantas.


Datação relativa das rochas

A datação relativa permite a determinação da ordem cronológica de rochas sedimentares (geograficamente afastadas ou não) – faz – se aplicando conjuntamente determinados princípios, que se seguem.

Princípio da sobreposição – Numa sequência estratigráfica sedimentar não deformada, os estratos mais antigos são os que localizam por baixo e os mais recentes são os que se localizam por cima.




Princípio da identidade paleontológica – Admite que os grupos de fósseis aparecem numa ordem definida e que se pode reconhecer um período do tempo geológico pelas características dos fósseis. Estratos que apresentem fósseis idênticos são da mesma idade. Estes são fósseis de idade, correspondentes a seres vivos que viveram durante intervalos de tempo curtos e que tiveram uma grande área de dispersão.


Principais Rochas Magmáticas

Rochas intrusivas:

Granito



Diorito



Gabro




Rochas Extrusivas:

Riólito



Andesito



Basalto

Rochas Magmáticas

Existindo apenas 3 tipos de magmas, podemos encontrar várias famílias de rochas
magmáticas.
Sendo que um só magma pode produzir diferentes tipos de rochas, por ser constituído por uma mistura complexa, que se solidificando, vai originar a formação de diferentes associações minerais, como a cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes, vai haver a formação de diferentes uniões de cristais e de um magma residual.
O arrefecimento do magma provoca a separação de fluidos e materiais sólidos, bem como a diferenciação magmática (processo que conduz à formação de magmas com composição química diferente a partir do mesmo magma).

Cristalização Fraccionada: Quando o magma arrefece, minerais diferentes cristalizam a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido.
A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma pode originar diferentes rochas.
Se a pressão comprime o local onde se formam os cristais, o líquido residual tende a escapar por pequenas fendas, enquanto que os cristais ficam no local da sua génese.
Esta série traduz a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em arrefecimento. Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam, respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos (ramo descontínuo) e série das plagióclases (série contínua).

Serie de Bowen:


Diferenciação Magmática

Composição mineralógica:

A classificação da rocha é feita com base na percentagem de cada um dos minerais presentes.
Nos minerais constituintes das rochas magmáticas destacam-se os silicatos. O óxido de silício SiO2 é um condicionante do tipo de rocha magmática, pois consideram-se, de acordo com a percentagem em sílica, quatro grandes tipos de rochas.

Rochas Ácidas – Percentagem em sílica superior a 70%.
Rochas Intermédias – Percentagem em sílica entre os 50 e os 70%.
Rochas Básica – Percentagem em sílica compreendida entre os 45 e os 50%.
Rocha Ultrabásica – Percentagem em sílica inferior a 45%.
Nas rochas magmáticas, os minerais não se formam em simultâneo, a sua cristalização está condicionada por factores externos já referidos (tempo, o espaço, a temperatura e a agitação do meio). Assim, na grande maioria das vezes, as partículas minerais ocupam uma posição irregular e desordenada não assumindo, por isso, o estado cristalino, mas vítreo.

Assim, em termos mineralógicos podem-se observar minerais determinantes no aspecto das rochas e na sua designação.

Os minerais essenciais que compõem as rochas magmáticas podem ser:
- Feldspato: mineral amorfo, opaco, de coloração esbranquiçada (podendo assumir outras tonalidades, sempre claras, em resultado da mistura em presença de outros minerais, como o enxofre que confere-lhe um tonalidade amarelada). É um material erudido, que se degrada com facilidade;Quartzo: sílica pura. Substância branca transparente, cristalina, sendo um sólido bastante resistente.

- Moscovite: frequentemente designado de Mica, este mineral cristaliza assumindo uma forma escamosa (ou laminada) e brilhante. Pode ser identificada em duas tonalidades preta ou branca.

- Quartzo: sílica pura. Substância branca transparente, cristalina, sendo um sólido bastante resistente.

- Moscovite: frequentemente designado de Mica, este mineral cristaliza assumindo uma forma escamosa (ou laminada) e brilhante. Pode ser identificada em duas tonalidades preta ou branca.

Uma outra propriedade importante para dar uma ideia da composição mineralógica é a tonalidade que a rocha apresenta.

Diferenciação quanto à cor dos mineriais(e aos seus constituintes):
- Minerais Félsicos: minerais compostos por feldspato, moscovite e mais sílica, que lhes conferem uma coloração clara;

-Minerais Máficos: minerais compostos por magnésio e ferro, assumindo uma cor escura (olivina; piroxenas; biotite, anfíbolas).

Também as rochas podem ser identificadas mediante a sua cor:

- Rochas Leucocratas: são rochas ácidas (elevada % de sílica), de tom claro, ricas em minerais félsicos;

- Rochas Mesocratas: apresentam uma coloração intermédia e uma proporção idêntica de minerais félsicos e máficos;

- Rochas Melanocratas: rochas básicas (sílica inferior a 50%), de tons escuros e rica em minerais máficos.

Uma outra propriedade importante para dar uma ideia da composição mineralógica é a tonalidade que a rocha apresenta.

Diferenciação quanto à cor dos mineriais(e aos seus constituintes):

- Minerais Félsicos: minerais compostos por feldspato, moscovite e mais sílica, que lhes conferem uma coloração clara;

-Minerais Máficos: minerais compostos por magnésio e ferro, assumindo uma cor escura (olivina; piroxenas; biotite, anfíbolas).

Também as rochas podem ser identificadas mediante a sua cor:

- Rochas Leucocratas: são rochas ácidas (elevada % de sílica), de tom claro, ricas em minerais félsicos;

- Rochas Mesocratas: apresentam uma coloração intermédia e uma proporção idêntica de minerais félsicos e máficos;

- Rochas Melanocratas
: rochas básicas (sílica inferior a 50%), de tons escuros e rica em minerais máficos.

Textura:

É o aspecto geral da rocha resultante das dimensões, da forma e do arranjo dos minerais constituintes.
Através da textura das rochas é possível identificar o ambiente onde cristalizaram, ambiente esse que determina o aspecto geral destas.

Assim, as rochas que solidificam apartir de magma quente que extravasou para a superficie terrestre constituem um grupo de rochas designadas de Efusivas ou Vulcânicas (eruptivas). A textura característica destas rochas é agranular/afanítica (homogénea), uma vez que os minerais não se distinguem, observando-se apenas a presença frequente de vidro e (quase) ausência de cristais, ou pode revelar movimentos de lava na superfície.

Em contraponto, as rochas que cristalizam em profundidade perdem calor de forma mais lenta, permitindo o desenvolvimento de cristais. Este tipo de rochas denominam-se Plutónicas ou Intrusivas. Neste tipo de rochas é, desta forma possível observar-se uma textura granular/fanerítica, fruto de minerais que se distingem uns dos outros através da cristalização destes.

Minerais


O que é uma rocha?



Uma rocha é um agregado, consolidado ou não, de minerais, sendo a unidade estrutural da crusta e do manto. Quanto à sua origem, as rochas podem ser classificadas como magmáticas, sedimentares ou metamórficas.



O que é um mineral?



Um mineral substancia sólida, natural e inorgânica, de estrutura cristalina e com composição química fixa ou variável dentro de limites bem definidos. A estrutura cristalina dos minerais caracteriza-se por um arranjo regular, repetitivo e tridimensional dos átomos que o constituem. Os minerais formam-se a partir de misturas, ou melhor, de soluções aquosas sobressaturadas.
O estudo físico dos minerais possibilita determinar as suas propriedades ópticas (cor, brilho, transparência, refracção, dicroísmo, fluorescência, etc.) e ainda o seu peso específico e a sua dureza.
O estudo das propriedades químicas dos minerais recorre a análises laboratoriais. Os minerais são vulgarmente classificados como magmáticos, sedimentares ou metamórficos.
Nos minerais magmáticos incluem-se os feldspatos, o quartzo, as piroxenas, as anfíbolas, as micas e as olivinas, que cristalizam a partir de magmas ricos em sílica no interior da crosta, ou a partir de lavas que extruem.
- Os minerais de origem sedimentar mais comuns são concentrados puros ou misturas de areias, ou minerais de argilas ou carbonatos (principalmente a calcite, a aragonite e a dolomite).
- Os minerais típicos das rochas metamórficas são a andalusite, a granada, as micas, a estaurolite, etc.



Existem diversos tipos de minerais, como por exemplo:
- Mineral acessório: Quando se apresenta em muito pequenas quantidades numa rocha.
- Mineral característico: Se permite distinguir uma variedade de rocha de outra.
- Mineral em bruto: Aquele que não sofreu qualquer processo de tratamento.
- Mineral essencial: Aquele que se encontra numa rocha e é fundamental para a sua classificação e nomenclatura, mas não deve, necessariamente, encontrar-se em grandes quantidades.
Assim, podemos concluir que uma substância para ser considerada um mineral terá de:
- Ser um sólido, o que exclui o reino mineral os líquidos e os gases.
- Ocorrer naturalmente, formar-se sem intervenção do Homem.
- Ser inorgânico, o que implica que todas as substâncias produzidas por seres vivos não sejam consideradas minerais.
- Ter uma estrutura cristalina, as suas partículas constituintes definirem uma distribuição regular no espaço.
-Ter uma composição química definida, fixa ou variável dentro de limites bem definidos.




Identificação de minerais:

Os minerais possuem propriedades físicas e químicas que os permitem caracterizar. Dentro das propriedades físicas destacam-se:
Propriedades ópticas – Cor, risca ou traço, brilho;
Propriedades mecânicas – Dureza, clivagem, fractura.
Nas propriedades químicas destacam-se sobretudo a densidade, a composição e a efervescência produzida por acção de um ácido.


Propriedades físicas dos minerais:

Cor

É uma propriedade dos minerais que depende da maneira como eles reflectem a luz. A cor de qualquer corpo e, portanto, também de um mineral é complementar das radiações por ele absorvidas. Se um corpo absorve todas as radiações com excepção da radiação vermelha, que reflecte, a cor do corpo é vermelha. Alguns minerais são transparentes, incolores, porque se deixam atravessar pela luz sem absorver nenhum tipo de radiação. Esta propriedade deve ser observada à luz natural difusa e em superfícies de fractura recente. Alguns minerais não apresentam sempre a mesma cor, isto é, não possuem cor própria. É o caso do quartzo que se pode apresentar hialino, róseo, defumado, citrino, etc. Os minerais que apresentam uma gama variada de cores chamam-se alocromáticos.
Outros minerais, como a galenite e a pirite, apresentam, sensivelmente, a mesma cor em todas as amostras. Denominam-se idiocromáticos.

Risca ou traço: A risca é por definição a cor do pó de um mineral. Embora possa variar no mesmo mineral, é normalmente constante. De um modo geral, observa-se a risca através do pó deixado por um mineral numa porcelana não vidrada.O traço é uma propriedade constante, enquanto que a cor pode ser uma propriedade variável. Esta propriedade determina-se no laboratório friccionando o mineral numa placa de porcelana.

Brilho: O brilho de um mineral está relacionado com a maneira como esse mineral reflecte a luz numa superfície de fractura recente. Depende de numerosos factores, entre os quais os índices de refracção, a absorção da luz e as características da superfície estudada (lisa ou rugosa). O brilho de um mineral aumenta com a elevação do índice de refracção e diminui com a absorção da luz e a rugosidade da superfície. O brilho dos minerais pode ser de dois tipos: metálico e não metálico.

Alguns minerais que estão entre os dois tipos designam-se, por vezes, com o nome de submetálicos.
Um mineral que tenha o aspecto brilhante de um metal tem brilho metálico. A galena, a pirite e a calcopirite são bons exemplos de minerais de brilho metálico.Todos os minerais sem aspecto metálico têm brilho não metálico. São, em geral, de cores claras e transmitem a luz através de lâminas finas.
- Para classificar o brilho não metálico consideram-se os seguintes tipos:

- Vítreo - Tem um reflexo semelhante ao vidro, como, por exemplo, o quartzo;
- Resinoso - Tem o aspecto da resina, como, por exemplo, a blenda;
- Gorduroso - Quando o mineral parece estar coberto por uma fina camada de gordura, como, por exemplo, o gesso fibroso e a malaquite;
- Adamantino - Quando apresenta um reflexo forte e brilhante como o diamante
- Nacarado - Quando apresentam o aspecto iridescente do nácar ou das pérolas, como, por exemplo, na apofilite;- sedoso - com o aspecto da seda, como acontece na serpentina;
- Mate - Quando o brilho é muito fraco, característico dos minerais de aparência terrosa como a caulinite e a pirolusite.


Clivagem

A clivagem é um bom carácter para identificar minerais, principalmente aqueles que não estão, morfologicamente, perfeitamente desenvolvidos. A clivagem depende da estrutura interna do cristal e é constante para um determinado mineral e caracteriza-se como sendo a tendência de um mineral se dividir segundo superfícies planas e brilhantes, em determinadas direcções.Os planos de clivagem são orientados no sentido da menor coesão, isto é, no sentido das ligações mais frágeis entre cada unidade da estrutura cristalina.

Na prática distinguem-se os seguintes graus de clivagem:

- excelente, quando o mineral cliva em finas lamelas num único sentido, como, por exemplo, a grafite, o gesso, a clorite, a moscovite, etc.;
- muito boa ou perfeita, quando o mineral cliva em formas regulares delimitadas por planos de clivagem (ex.: formas cúbicas como a galena e a halite, formas romboédricas como a calcite, etc.);
- boa ou distinta, quando no mineral os planos de clivagem são menos visíveis e nem sempre perfeitamente definidos (ex.: feldspato, anfíbolas e piroxenas);
- imperfeita, quando a clivagem não se manifesta nitidamente; os planos de separação apresentam em geral uma superfície desigual (ex.: enxofre, cassiterite, apatite, etc.);
- muito imperfeita, quando não há clivagem; nestes minerais, o que se observa é a fractura

Fractura

Em mineralogia, fractura é a propriedade mecânica dos minerais que consiste na sua separação de maneira irregular e não segundo planos como os de clivagem.
Distinguem-se diversos tipos de fractura:- esquirolosa, se se formam fragmentos aguçados;- irregular, se a superfície é rugosa;- concoidal, quando origina superfícies lisas e encurvadas, de que a obsidiana é um bom exemplo.O termo genérico designa a generalidade das fendas que ocorrem nas rochas sujeitas aos esforços tectónicos, como forças compressivas, de tensão ou cisalhamento. Quando os esforços ultrapassam os limites de resistência as rochas fracturam, isto é, dividem-se em blocos.

Dureza

A dureza consiste na resistência que oferece a superfície lisa de um mineral ao ser riscada. O grau de dureza é determinado pela observação da facilidade ou dificuldade relativa com que um mineral é riscado por outro ou através de uma ponta de aço.A escala de dureza foi estabelecida tomando como base uma série de 10 minerais, com os quais se pode comparar a dureza de qualquer mineral, verificando se este risca ou é riscado por um elemento da escala que se nos afigura de dureza semelhante ao exemplar em estudo. A escala de dureza é denominada de escala de Mohs e é constituída por ordem crescente do grau de dureza do seguinte modo:
1) talco; 2) gesso; 3) calcite; 4) fluorite; 5) apatite; 6) ortoclase; 7) quartzo; 8) topázio; 9) corindo; 10) diamante.
Para facilitar a análise e poupar os termos menos duros da escala de Mohs, deve-se recorrer a ensaios preliminares, que possibilitam determinar a zona da escala em que a dureza do mineral se situa.Uma vez determinada esta zona, os ensaios devem iniciar-se pelo termo de maior dureza.
Para usar a escala é necessário ter em conta certas características:
Qualquer mineral da escala risca todos os que estão abaixo dele, não sendo riscado por eles.
Se o mineral risca e é riscado por determinado termo, ou não se riscam mutuamente, a dureza do mineral é a correspondente a esse termo.
Se o mineral risca determinado termo, por exemplo a fluorite, não sendo riscado por ela, e é riscado pelo termo imediatamente superior (neste caso a apatite), não a riscando, a dureza do mineral fica compreendida entre a dureza dos 2 minerais – neste caso 4,5.
Após o ensaio deve-se limpar a superfície friccionada, para nos certificarmos se existe realmente um sulco ou, se se trata apenas do pó do mineral que, sendo menos duro, se desfaz pelo atrito.
Não se devem nos ensaios utilizar zonas alteradas do mineral.
A utilização da escala determina durezas relativas e não durezas absolutas. Uma das desvantagens da utilização desta escala é que a dureza absoluta aumenta de forma descontínua de termo para termo.A dureza é uma propriedade geologicamente importante porque traduz a facilidade ou dificuldade com que um mineral se desgasta quando submetido à acção dos agentes de meteorização e erosão, como é o caso de cursos de água, do vento e dos glaciares.

Propriedades Químicas

As propriedades químicas não são tão divulgadas devido ao elevado custo de algumas análises químicas. Os resultados das análises permitem definir a fórmula química dos minerais.

Densidade

A densidade (d) de um mineral depende da sua estrutura cristalina, nomeadamente da natureza dos seus constituintes (átomos ou iões) e do seu arranjo, mais ou menos compacto.Os minerais de brilho não metálico possuem densidades próximas da do quartzo (2,6) ou da calcite (2,7). Minerais de brilho não metálico apresentam densidades próximas da da pirite (5,0).Minerais muito densos apresentam densidades superiores a 7, como o ouro (15 a 19,3).
Bacias hidrográficas:



Um Rio é um curso de água, superficial e regular que pode desaguar num outro rio, num lado, ou no mar, nascendo a montante e desaguando a jusante.



Perfil transversal de um rio:



Existem 3 "tipos" de leito de um rio (espaço que pode ser ocupado pelas águas), nomeadamente o leito aparente, o leito de inundação e o de estiagem.
- Leito do rio aparente/normal – terreno ocupado, normalmente, pelas águas.
- Leito de cheia/inundação – espaço ocupado pelas águas em época de cheias, quando a pluviosidade é muito abundante.
- Leito de seca/estiagem – zona ocupada pelas águas quando a quantidade destas diminui, por exemplo, durante o verão.



Redes hidrográficas: Conjunto de todos os cursos de água, confluentes, de uma determinada região.
Bacias hidrográficas: área drenada por uma determinada rede hidrográfica.











Actividade geológica de um rio:


- Erosão

- Transporte

- Deposição/sedimentação.


No curso superior do rio, as águas dispõem do máximo de energia e, daí, a sua grande capacidade erosiva. No curso médio, o vale é, em geral, encaixado, predominando, aí, o transporte. À medida que o rio se aproxima do perfil de equilíbrio, o trabalho de escavação do leito, ou seja, a erosão vertical, vai diminuindo, dando lugar à sedimentação, processo prevalecente no curso inferior. As vertentes, no entanto, continuam a recuar, alargando continuamente o vale.


Erosão - Consiste na remoção progressiva de materiais resultantes da alteração das rochas do leito do rio e das margens. Resultam da alteração das rochas e, por erosão, são retirados do local. A erosão dá-se devido à pressão que a água exerce sobre as saliência do leito de das margens.A acção erosiva de um rio depende de vários factores tais como: 1-Declive do leito do rio ; 2-Caudal; 3- Natureza da rocha do leito; 4- Carga sólida (tipo de materiais por ele transportados).


Assim, no curso superior há predomínio da erosão sendo o perfil longitudinal irregular e o declive acentuado, com rápidos, cachoeiras, mijarelas ou misarelas e outras roturas do traçado.


Transporte - Dá-se quando os detritos (fragmentos sólidos) que constituem a carga do rio, anteriormente erodidos, são deslocados pela corrente do mesmo.
Carga sólida num curso de água:- Materiais dissolvidos- Materiais em suspensão- Materiais que sofrem tracção (materiais mais pesados e grosseiros): Saltação;
Rolamento ; Arrastamento.
Desde os materiais em suspensão, até aqueles que sofrem arrastamento e rolamento, vai diminuindo a velocidade de transporte.

Sedimentação - Capacidade de deposição dos materiais, ao longo do leito e das margens, quando diminui a capacidade de transporte do rio. A deposição dos materiais nas margens é principalmente importante quando ocorrem cheias. Na planície de inundação formam-se aluviões (depósitos de sedimentos) que tornam as margens mais férteis.A sedimentação é influenciada pelas dimensões e peso dos detritos e pela velocidade da corrente. Os materiais mais densos e pesados são os primeiros a depositar-se, depositando-se mais para montante (na direcção da nascente) e os detritos mais leves depositam-se mais a jusante (na direcção da foz).

Factores de risco geológico associados às bacias hidrográficas:
- Cheias;
- Barragens;
- Extracção de inertes.


Gestão das bacias hidrográficas:


Existem 4 planos internacionais (Minho, Tejo, Douro e Guadiana) e 11 nacionais para a gestão das bacias hidrográficas do nosso país.
Cheias – Aumento do caudal dos cursos de agua, com elevação e extravase do leito normal e inundação das áreas circunvizinhas. Precipitações anormais, degelos ou rupturas são causas frequentes.
Prevenção de danos relacionados com cheias:- Regulamentação da construção e ocupação de leitos de cheia.- Construção de barragens e canalizações.


Barragem - É uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água.

Vantagens:

- Regularizam o caudal, evitando cheias ;
- Provocam retenção de água à formam albufeiras a montante da barragem, que regularizam o caudal a jusante da barragem;
- Água acumulada pode ter várias utilizações:- Produção de energia hidroeléctrica; Abastecimento de populações;- Actividades de recreio;- Irrigação de terrenos agrícolas.

Desvantagens:

- Deposição de materiais no fundo da albufeira à redução da capacidade de armazenamento de água; redução da quantidade de detritos debitada no mar.
- Período de vida útil após o qual provocam problemas de segurança.
- Impacto negativo nos ecossistemas terrestres e aquáticos.

Cheias na Madeira: http://linksinteressantes.com/13210.html
Erosão do litoral:


O homem, provoca fenómenos que se fazem sentir no litoral, provocando uma consequente erosão no mesmo.De entre estes fenómenos salientam-se:
- O agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de CO2 e outros gases em consequência da queima de combustíveis fósseis e da desflorestação. Este incremento na quantidade de gases provoca o aumento da frequência e intensidade dos temporais e o aumento da temperatura do nosso planeta, como consequente fusão das massas geladas e a expansão térmica da água dos oceanos.

- A ocupação da faixa litoral com estruturas de lazer e de recreio, bem como a implementação de estruturas de pesadas de engenharia;
- A diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral em consequência da construção de barragens nos grandes rios;
- A destruição de defesas naturais, como a destruição das dunas devido ao pisoteio, a construção de habitações, o arranque da cobertura vegetal e a extracção de inertes para a construção civil.

Assim para combater a erosão litoral são tomadas medidas como:

- Construção de obras transversais como os esporões e obras paralelas à linha de costa como os paredões, que são obras aderentes, ou destacadas como os quebra-mares;
- Estabilização de arribas;
- Alimentação artificial das praias com inertes;
- Recuperação de dunas.


Obras de “protecção do litoral”:

São de três tipos:

- Obras transversais à linha de costa, como os esporões;
- Construções paralelas aderentes à linha de costa, como os paredões;
destacadas, como os quebra-mares.

Essas construções, de que se destacam os esporões e os paredões, destinam-se a evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa (paredões) ou o arrastamento de sedimentos e areias (esporões), em determinados locais da costa, para protecção de pessoas e bens.

Geologia

--> Ocupação antrópica do território:

Zonas de vertente:

As zonas de vertente são locais de desnível da topografia terrestre, que podem ter um declive mais ou menos acentuado, encontrando-se muito expostas à acção intensa e rápida dos fenómenos erosivos. Devido às suas características, é frequente ocorrer nestas zonas movimentos descendentes de materiais do solo ou de materiais rochosos. As alterações verificadas nas zonas de vertente devem-se, essencialmente, a duas causas naturais:
--> Erosão hídrica, provocada pela água da chuva;
--> Movimentos de terrenos.
O vento pode também causar as alterações que se verificam nas zonas de vertente.

Erosão Hidríca:

A erosão hídrica que ocorre nas zonas de vertente processa-se de forma mais ou menos lenta e gradual, resultando do desgaste dos solos provocado essencialmente pelas chuvas, que constituem assim o principal agente erosivo nestes locais.O impacto das gotas consiste na primeira fase de erosão hídrica; a água acumula-se e vai-se deslocando através do terreno inclinado, provocando ainda mais erosão.


Erosão Eólica:

Em certas zonas de vertente o vento constitui também um agente erosivo, que actuando sobre as rochas, por vezes em conjunto com alguns sedimentos, funciona como uma lixa que as vai desgastando.

Movimento de Terrenos/ Movimentos em Massa:

Os movimentos de terrenos correspondem a situações em que ocorre a movimentação de grandes massas de materiais sólidos. Esta movimentação pode ocorrer de forma muito lenta, quase imperceptível, ou, como acontece mais frequentemente, de forma brusca.A ocorrência dos movimentos de terrenos está condicionada por causas naturais e por causas antrópicas, que podem, por sua vez, estar relacionadas com factores condicionantes e com factores desencadeantes.

Zonas Costeiras:


As zonas litorais constituem um valioso recurso natural, insubstituível e não-renovável, do qual o Homem obtém, por exemplo, alimentos e recursos minerais, para além de serem importantes locais de lazer e turismo. O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e constantemente drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas 10% dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente produzidos pelo próprio mar.Nas regiões costeiras, onde as massas rochosas, estratificadas ou não, penetram na água com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação de escarpados. Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se ou, por outro lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem regiões interiormente emersas.Na linha de costa, existe sempre uma interacção de forças destrutivas, resultado da meteorização, erosão e, por outro lado, acções construtivas, por acumulação de detritos.A linha de costa estabelece a transição entre os meios continentais e oceânicos. A faixa costeira mundial possui 500.000km, onde habita 80% da população mundial.
Litoral:


No entanto, estas zonas não são estáticas, mas muito dinâmicas. O litoral evolui, algumas formas modificam-se, mudam de posição, e outras aparecem e desaparecem. Actualmente, a dinâmica da faixa litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos naturais e antrópicos. Processos naturais:

- Alternâncias: transgressões/regressões nível do mar e glaciação e interglaciação;
- Movimentos das placas tectónicas;
- Deformação margens.
- Processos antrópicos:
- Efeito de estufa: temporais e temperatura;
- Ocupação da faixa litoral com construções;
- Diminuição da quantidade de sedimentos, devido à construção de barragens e/ou exploração de inertes nos rios;
- Destruição de defesas naturais, como dunas e vegetação costeira.


Fenómenos Naturais:


De entre os fenómenos naturais, aos quais o homem é completamente alheio e que, de uma maneira geral, não pode contrariar, anular ou modificar, destacam-se:


- Alternância entre regressões e transgressões marinhas, como a subida e a descida do nível médio da água do mar;

- Existência de correntes marinhas litorais variadas que, ao provocarem a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos, condicionam a morfologia da costa;
- A deformação das margens dos continentes, como resultado de movimentos tectónicos, que pode provocar a elevação ou o afastamento das zonas litorais.



Regressões e Transgressões marinhas:


A alternância de períodos glaciáricos e de períodos interglaciários ocorridos no planeta tiveram como consequência indirecta a modificação das linhas de costa, uma vez que durante os períodos mais frios (glaciações) uma quantidade importante de água é transferida do domínio oceânico para as calotes polares, ocorrendo uma diminuição do nível médio das águas do mar e um fenómeno inverso durante o período interglaciário. Quando se verifica o recuo do mar, diz-se que ocorreu uma regressão marinha.




Formas de Erosão e Formas de deposição:

As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e descida rítmica do nível das águas resultantes das marés e as correntes marinhas resultantes do movimento das águas de uns locais para os outros da superfície da Terra provocam um profundo desgaste do material da superfície continental em determinadas zonas costeiras e a sua deposição noutros locais, por vezes muito distantes da sua origem.